segunda-feira, 30 de julho de 2007

Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco

Hoje, enquanto passava pelo hi5, encontrei um texto que não me deixou indiferente e calculo que não deixará ninguém indiferente ao ser lido. Parece triste, talvez o seja, de certa forma, mas se o perspectivarmos do ponto positivo, apenas podemos tentar a cada dia que este texto seja um pouco menos verdadeiro. Nada dura para sempre, é certo, mas podemos sempre tentar que o "sempre" seja cada vez mais longo...

"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizémos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... Do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses e anos, até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
"Quem sao aquelas pessoas?"
Diremos Que eram nossos amigos e......Isso vai doer tanto!
-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!"
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......
Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um ultimo adeus de um amigo.
E, entre lagrima abracar-nos-emos.
Entao faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo....
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: nao deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Turning the page

Redescobrirmo-nos é, talvez, a melhor forma de nos conhecermos e reconhecermos.

Quando nos sentimos rejeitados e, por natureza, somos um pouco negativos, tendencialmente culpamo-nos se algo não corre bem ou se corre mesmo mal. Questionamos tudo o que nunca questionámos dentro de nós, surgem pontos de interrogação nos locais mais desapropriados, em situações, por vezes, constragedoras. Muitas vezes a culpa chega a ser tal, que esquecemos que outras pessoas contribuiram igualmente para essa falência.

Vem a tempestade, a invasão de sentimentos díspares, muitas vezes emoções e entusiasmos que julgámos não conseguir voltar a sentir, questionamos se somos ou não competentes, se somos ou não bons o suficiente para alguém nos apreciar, dar valor, respeitar e chegamos a pôr em causa a nossa maneira de ser, a nossa aparência física, a nossa forma de ver e lidar com o que nos rodeia. Por vezes, por momentos, sentimo-nos inferiores ou não merecedores de uma felicidade que se abre gigantesca, mas que não conseguimos ver. Apenas porque alguém não quer a nossa companhia ou simplesmente, não pode tê-la.

Mais tarde, muitas vezes muito mais tarde, mas nunca tarde demais, depois de grandes conversas e bebedeiras sozinhos ou com amigos fieis, constatamos que não podemos reger o comportamento dos outros seres humanos pelos nossos próprios padrões, por muita semelhança que haja, que muitas vezes os sinais que nos dão ou damos num determinado instante, transformam-se, naturalmente, noutros, ou porque nos assustamos, perdemos o interesse ou simplesmente, porque o que sentimos em determinados momentos foi apenas isso: emoções de momento. Tantas vezes necessárias para se crescer, para evoluir. Porque muitas vezes passamos na vida das pessoas apenas para, numa determinada fase, as fazermos pensar, repensar, para que elas dêm um salto maior, para abrir caminho para outras pessoas que surgem ou que já estão. Muitas vezes não somos mais que um instrumento para que as pessoas acordem para outras realidades, que sempre estiveram presentes, mas nunca se haviam manifestado. E, talvez nos devamos alegrar por isso e aceitar que é assim, sem culpas, sem medo, sem erguer barreiras. Dos outros para nós, é igualmente, verdadeiro.

Constatamos que nos aproximam as semelhanças, até mesmo as diferenças, que nos enriquecemos sempre que permitimos que alguém se aproxime de nós, seja por muito ou por pouco tempo. O tempo é um conceito demasiado relativo e abstracto. As marcas ficam, senão perderia todo o sentido alguém ter remexido, ter feito nascer entusiasmo, paixão ou, muitas das vezes, alguma espécie de amor, tudo aquilo que nos parecia mais que adormecido até então.

Uma vez, alguém me dizia que "tudo na vida é pedagógico" e de facto é. Até das coisas más, das histórias que ficam, que mais não seja para nós, suspensas, devemos tentar entender a razão. No meio do turbilhão, torna-se difícil, mas quando menos esperamos, quando a acalmia retorna, as respostas surgem, sempre quando estamos preparados para recebê-las.

E aí, após algumas lágrimas, por vezes muitas, momentos de raiva, a culpa dissipa-se. Entendemos que apenas podemos ser responsáveis pelos nossos actos, pelos nossos comportamentos. Podemos até tentar chegar ao outro, mas se a resposta não chega, chega a palavra que julguei nunca aplicar na minha existência. Chega, definitivamente a resignação, a aceitação da realidade dos factos, a inconturnabilidade do que está à nossa frente. Que sempre esteve. Porque há histórias que devem permanecer mesmo assim.

Compreendemos que, embora pareça, à primeira ou à segunda vista, que nos iludimos com algumas palavras e alguns actos, a verdade é que não. Potenciámos, nós mesmos, os acontecimentos. Nós próprios precisávamos de sentir certas emoções, experimentar certos detalhes, para percebermos que ainda possuímos capacidade, que não secámos por dentro.

Aceitamos que apesar de todos os pontos comuns e todos os pontos diferentes, é o ponto fundamental que nos afasta, é o ponto fulcral que não permite que as situações evoluam e resignamo-nos. Sim, de facto, resignamo-nos. Uns mais depressa que outros. Mas, é certo, a resignação chega.

É aí que os fantasmas evaporam no ar, é aí que nos apercebemos, sempre com maior força que antes, de todo o valor que temos e que têm os que estão ao nosso redor. É aí que aceitamos, finalmente as coisas. Incompletas ou não. Porque se completam por si só. Porque nos ajudam a fechar um ciclo de vida. É aí que tudo volta a fazer sentido. Mudamos, crescemos, evoluímos. Agradecemos, muitas vezes em silêncio, poque não podemos, sequer, articular uma palavra, porque do outro lado a mensagem não vai passar, não vai sair valorizada, compreendida. Mas agradecemos, por dentro, mesmo assim. E colocamos o passado onde ele deve e tem de estar. E percebemos o quão privilegiados somos, só porque a vida decidiu dar-nos um presente e nós aceitámo-lo de braços abertos. Percebemos, também, que o único ponto comum de todas as nossas histórias somos nós mesmos. E não há mudança ou evolução sem sofrimento. E quem disso se apercebe, mais facilmente encontra a plenitude, uma espécie de felicidade que apenas pode partir de dentro e nunca de factores exteriores, como um relacionamento ou um trabalho.

É ai que estamos preparados para abrir novamente os braços, que estamos preparados para experimentar, para viver, de novo, os nossos sonhos, desejos, ambições, o amor, nos seus mais variados contornos, nas suas mais variadas esferas.

E nunca se torna uma perda de tempo. Enriquece-nos. Os ganhos, as perdas, porque estas são muitas vezes ganhos maiores.

Após o turbilhão, regressa a serenidade. Aceitamos e aprendemos a respeitar os outros nas suas próprias imperfeições, nas suas próprias falências, nas suas próprias limitações. Não esquecemos os momentos, apenas aprendemos a viver sem eles. Aprendemos a não esperar mais, a não querer mais.

Percebemos que apenas tínhamos a aprender aquilo que tínhamos para aprender com alguém e nada mais. Fazemos tudo o que podemos, mas quando não depende exclusivamente de nós, apenas podemos fazer a nossa parte. E é aí que muitas vezes as surpresas surgem e olhamos melhor para quem está e sempre esteve perto. Agradeçamos a quem teve o condão de mudar, transformar a nossa vida. A maior parte das vezes não é o próprio que tira o partido do bem que conseguiu fazer.

Alguém me proferiu, um dia, sabiamente, estas palavras "nem sempre a vida pode ser como nós queremos que ela seja", mas como diz a música, se tentarmos arduamente, podemos até conseguir que ela seja como precisamos que ela seja e, quem sabe, um dia, ela chegue mesmo a ser como nós desejamos, com quem desejamos.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Leaving on a Jet Plane




All my bags are packed
Im ready to go
Im standin here outside your door
I hate to wake you up to say goodbye
But the dawn is breakin
Its early morn
The taxis waitin
Hes blowin his horn
Already Im so lonesome
I could die

So kiss me and smile for me
Tell me that youll wait for me
Hold me like youll never let me go
cause Im leavin on a jet plane
Dont know when Ill be back again
Oh babe, I hate to go

Theres so many times Ive let you down
So many times Ive played around
I tell you now, they dont mean a thing
Evry place I go, Ill think of you
Evry song I sing, Ill sing for you
When I come back, Ill bring your wedding ring

So kiss me and smile for me
Tell me that youll wait for me
Hold me like youll never let me go
cause Im leavin on a jet plane
Dont know when Ill be back again
Oh babe, I hate to go

Now the time has come to leave you
One more time
Let me kiss you
Then close your eyes
Ill be on my way
Dream about the days to come
When I wont have to leave alone
About the times, I wont have to say

Oh, kiss me and smile for me
Tell me that youll wait for me
Hold me like youll never let me go
cause Im leavin on a jet plane
Dont know when Ill be back again
Oh babe, I hate to go

But, Im leavin on a jet plane
Dont know when Ill be back again
Oh babe, I hate to go

Words and music by john denver

Everything - Hardline

quinta-feira, 19 de julho de 2007

O que não quero saber

Diz-me.

Não mo digas, que eu não quero ouvir.

Não interessa o que tens para dizer agora. Todas as palavras são vãs quando pronunciadas. Retiramos-lhes toda a magia e significado, que lhes são atribuídos pelo prazer de senti-las.

Receio as tuas palavras, o som da tua voz, como se de amor se tratasse. Prefiro o teu silêncio, que é de ouro, às tuas palavras desapiedadas e amargas.
As palavras não dizem nada, mas continuo obcecado por palavras que pretendem dizer tudo. Sem elas, sinto-me só.

Mas prefiro pensá-las, sentindo-as, ou vice versa.

Palavrear palavras despe-as de conteúdo, quando é a forma que menos conta.
Não digas nada que eu queira ouvir.

Oferece-me o teu silêncio que eu suporto escutar dentro da tua alma.

Regresso

Neste leito secreto de amantes
Ecoam sons e gotas de saudade
Escava-se um pasado antigo, mas não perdido
De um regresso à eternidade

Neste baile ainda parado
Dançam corpos de esperança
Caem dos céus pés de cravos
Voam no chão mãos de criança

E nesse leito escondido
Feito de laços desfeitos
Os amantes vagueiam pelo ar

Fumam cigarros de beijos
Bebem licores de desejo
Das bocas que se choram ao tocar.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

domingo, 15 de julho de 2007

Vagueio em ti

Vagueio pelos traços do teu rosto, no silêncio de uma noite que ficou. Rosto sorridente e tristonho, de uma vida arrancada ano após ano, pessoa após pessoa, num passado que não consegues apagar.

O tempo vai e uma imagem permanece, um cheiro visita-me, mas tu não estás.

Rasguei as conversas, apaguei as cartas. Chorei os momentos de todas as certezas, As mãos, o olhar, a voz que se foi, num vazio que teima, numa solidão que queimo todas as noites, todos os dias, entregando-me, sem entrega, indescriminadamente, sem amor.

Será que em algum momento te lembras da minha voz, das minhas palavras, do meu olhar no teu, da noite em que nos conhecemos?
Das tuas mãos tocando o meu cabelo, como pretexto para, de uma maneira qualquer me tocares, chegares a mim, e no beijo, no abraço que se deu?

Que ficou dos dias, das noites? Resignação ou, simplesmente, foi tudo vazio de significado?

Tento esquecer-te. Os meus dias, as minhas noites revolvem-se em torno de ti, num rodopio que me enlouquece, que me transcende, num quaquer desejo emocional e físico que não sei explicar.

Sinto-te, desejo-te, sorrio-te, choro-te e amo-te.

Atraio-me para ti, no segredo da tua ausência, sempre presente, e faço amor contigo todos os dias, todas as noites, imaginando-te ali. Dispo-te suavemente, em cima de uma cama imaginária e olho as tuas costas, o teu tronco suave, em segredo, desaperto-te a camisa azul-escura devagar, enquanto me olhas, com um olhar natureza semi-cerrado, excitado, emocionado, sucumbido à magnitude das minhas mãos coladas ao teu corpo.

As tuas, permanecem quietas e observas cada passo que dou. O teu olhar não se move do meu. Beijo-te incansavelmente os ombros, as costas, o rosto, os olhos, o corpo e retorno aos olhos, ao rosto e de novo ao corpo despido, tudo aquilo que já conheço, mas que nunca vi.

A tua mão apenas sobe ao meu cabelo, para tocá-lo e os teus olhos fecham-se, fruto da incredulidade do que vês, do que sentes, do que sempre sentiste. Fruto da espera, que parecia nunca mais chegar. Longa espera de um desejo acumulado que se manifesta sem pressa, devagar.

Conheço todos os contornos do teu rosto, do teu corpo, embora seja a primeira vez que o vejo, que o toco. Paro, olho-te e sorrio.

Sem tirares os olhos dos meus, as tuas mãos descem timidamente pelo meu corpo vestido.
Esperáramos muito tempo por esse momento, que nos invade com emoções díspares, confusas, num querer e não querer, numa necessidade seguinte de fuga, por semelhança, por protecção, por não poder ser, mas estamos ali e entregamo-nos um ao outro de forma única e singular, qual primeiro amor, mesmo que impossível de ser vivido, que se experiencia na adolescência.

Noite única, de entrega plena. Noite única, inigualável antes ou depois. Atracção e amor vividos apenas numa noite. Sinto ali que me amas. Sentes ali que te amo. E isso é quanto basta para a vida poder seguir.

Para Ti... sempre para ti

Ja perdoei erros quase imperdoaveis, tentei substituir pessoas insubstituiveis e esquecer pessoas inesqueciveis. Ja fiz coisas por impulso, ja me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas tambem decepcionei alguem. Ja abracei para proteger, ja dei risadas quando nao podia, fiz amigos eternos, amei e fui amada, mas tambem ja fui rejeitada, fui amada e nao amei. Ja gritei e pulei de tanta felicidade, ja vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes!!! Ja chorei a ouvir musica e a ver fotos, ja liguei para ouvir uma voz, apaixonei-me por um sorriso, ja pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguem especial(e acabei por perder)... Mas vivi, e ainda vivo! Nao passo pela vida....e tu tambem nao deverias passar! Vive! Bom mesmo e ir a luta com determinacao, abracar a vida e viver com paixao, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida e muito curta para ser insignificante." Chaplin


JOURNEY - SEPARATE WAYS

"Someday love will find you
Break those chains upon you

True Love won't desert you
You know I still love you..."